Você sente que precisa lutar sozinha para proteger seu filho?
Muitas mulheres que enfrentam o fim de um relacionamento também enfrentam outro desafio: garantir a segurança emocional, física e psicológica dos filhos. Se o pai não está presente de forma adequada, seja por negligência, dependência química ou comportamento agressivo, a guarda unilateral pode ser o caminho mais seguro.
Neste artigo, explicamos de forma clara e prática quando é possível pedir a guarda unilateral, quais são os critérios legais e o que você pode fazer para proteger quem mais importa.
A história de Ana: uma mãe determinada a proteger o filho
Ana viveu anos difíceis ao lado de Marcos, um pai ausente, com problemas com álcool e episódios de agressividade. Quando finalmente decidiu se separar, sabia que a responsabilidade com o filho continuaria sendo dela — sozinha.
Com medo e incertezas, Ana procurou orientação jurídica para pedir judicialmente a guarda unilateral. O que ela descobriu mudou o rumo da sua história e pode mudar a sua também.
Guarda compartilhada é regra, mas há exceções importantes
Pela lei brasileira (art. 1.584 do Código Civil), a guarda compartilhada é a regra. Isso significa que, sempre que possível, pai e mãe devem tomar decisões em conjunto sobre a vida da criança: educação, saúde, viagens, valores.
Mas nem sempre isso é o melhor para a criança.
Em duas situações principais, o juiz pode determinar a guarda unilateral:
- Quando um dos pais não deseja exercer a guarda.
- Quando o pai ou a mãe não está apto a exercer o poder familiar.
Foi o que aconteceu com Ana: diante da conduta de Marcos, ela conseguiu reunir provas suficientes para demonstrar que o ex-companheiro não tinha condições de dividir a responsabilidade parental.
O que é guarda unilateral?
A guarda unilateral é aquela exercida por apenas um dos pais. Isso significa que:
- A criança mora com esse responsável.
- As decisões sobre a rotina e o dia a dia ficam sob sua responsabilidade direta.
- O outro genitor tem direito a visitas e deve acompanhar questões importantes, como saúde e educação.
Importante: mesmo quem não tem a guarda tem deveres legais com o filho, como pagar pensão e manter o vínculo.
E se o pai for ausente, negligente ou agressivo?
A inaptidão pode aparecer de muitas formas: ausência recorrente, comportamentos abusivos, negligência com a criança, desinteresse ou riscos concretos à segurança do menor.
Nesses casos, você pode e deve agir. Com provas — laudos, mensagens, testemunhas — o juiz pode conceder a guarda unilateral e ainda limitar ou suspender o regime de visitas, se for necessário.
O que o juiz avalia para conceder a guarda unilateral?
O critério mais importante é sempre o melhor interesse da criança. O juiz pode considerar:
- Histórico de violência ou abuso.
- Relatórios psicológicos e sociais.
- Ausência de vínculo com o genitor.
- Desinteresse em exercer responsabilidades parentais.
- Dependência química.
- Testemunhos de terceiros confiáveis.
Quais provas são úteis nesse processo?
Reunir bons documentos é essencial. Entre as principais provas, destacam-se:
- Prints de conversas que demonstrem descaso ou ameaça.
- Boletins de ocorrência.
- Relatórios médicos ou psicológicos.
- Provas de abandono (ausência de contato, falta de pagamento de pensão, etc.).
- Testemunhas que convivem com a rotina da criança.
O apoio jurídico faz toda a diferença
Nesses momentos, não basta ter razão, é preciso estar bem acompanhada. Contar com um advogado especializado em Direito de Família garante que você siga o caminho certo, reúna provas corretamente e apresente seu pedido com segurança jurídica e emocional.
Você está vivendo uma situação como a de Ana?
Você sente que o seu filho precisa ser protegido? Que o pai não tem condições de exercer a guarda ou que só você está presente no dia a dia?
Então talvez seja hora de buscar a guarda unilateral — e você não precisa enfrentar isso sozinha.
Conclusão: quando proteger é um ato de amor e também de coragem
A guarda unilateral é mais do que um termo jurídico. É uma medida de proteção. E, em muitos casos, é o caminho necessário para garantir que a criança cresça em um ambiente saudável, estável e seguro.
Se você está enfrentando essa realidade, saiba que informação é poder e apoio jurídico é proteção.
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